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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Quem é que sobe a ladeira?

https://br.pinterest.com/pin/377035800049107643/ (1911) Você sabe de qual ladeira de São Paulo falamos?  Vamos dar uma dica: arquivo pessoal (2019) Reconheceu? Esta é a Ladeira Porto Geral. O lhando bem a imagem atual, ao lado direito, ainda encontramos uma casa como a da primeira imagem. Marcas do passado que passam despercebidas a olhos desatentos, mas que revelam um pouco da história da nossa cidade.  Quem nunca desceu ou subiu esta ladeira, um dia precisa fazer isso! Este é um dos caminhos para a  25 de Março, importante rua comercial de São Paulo e que sobreviveu a era dos shoppings centers. A 25 tem muita história para contar.  Histórias de imigrantes e migrantes, de comércio e, também, de um rio. Já parou para pensar porque o nome Porto?  Descendo a rua até o fim chegamos ao Tamanduateí, rio que fez parte do início da nossa cidade, quando foi fundada a Vila de São Paulo de Piratininga! Era por este rio que chegavam mercadorias,...

A cidade e o carnaval

http://bloginoff.siteoficial.ws/carnaval-2018-confira-as-datas-dos-blocos-de-rua-que-vao-agitar-sp/ Se existe uma época do ano em que a cidade, literalmente, se transforma, esta época é carnaval. As ruas dão lugar a um mar de gente que dança e canta trasvestido de outro. As identidades convencionais se diluem nas máscaras e nas fantasias, a paisagem sonora é pura música e o tom é o da alegria. No carnaval é como se todos voltássemos a ser crianças e, não por acaso, muitos se utilizam da expressão "brincar o carnaval". Trata-se de uma fenda no espaço e no tempo onde as convenções sociais são temporariamente deixadas de lado para que a festa possa acontecer. O pensador russo Mihkail Bakhtin criou o conceito de carnavalização aplicado à linguagem para descrever um tipo de acontecimento linguístico em que as barreiras hierárquicas são derrubadas e o que vale é o espetáculo do extravasamento: um mundo às avessas onde é possível experimentar outros gestos e outras i...

Seu nome é Marx. Burle Marx.

As paisagens, podem ser muitas. Sonoras, olfativas, táteis e visuais. Poder ser também urbanas e rurais. São palco e cenário para tudo o que acontece na cidade. Por aqui, houve até quem brincou de criar paisagens naturais e nos deixou um expressivo legado! Te soa estranho? https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetos/roberto-burle-marx/ Nascido na mais paulista das avenidas, Burle Marx era filho do judeu alemão Wilhelm Marx e de Cecília Burle, pernambucana descendente de franceses. O sobrenome famoso não é coincidência: seu pai foi criado em Trier, cidade natal de Karl Marx, que era primo de seu avô! Apesar de paulistano, morou por muito tempo no Rio de Janeiro, onde começou a cultivar seu próprio jardim, sempre inspirado no amor pelas plantas que tinha sua mãe. O artista plástico e paisagista Burle Marx teve influência de alguns modernistas de sua época como Oscar Niemeyer e Helio Uchoa e pode-se dizer que imprimiu sua marca na paisagem urbana de São Paulo, ...

Grafite nas galerias pluviais. Uma escolha e tanto!

https://www.zezaoarts.com.br/subterraneo.php Um artista que expõe seus grafites nas galerias pluviais da cidade da São Paulo. Este é Zezão, um paulistano, nascido em 1971, no berço da cultura da arte urbana. A princípio sua escolha nos causa estranhamento. Para que expor uma obra aonde, provavelmente, não haverá ninguém para ver? Mas este é apenas o questionamento inicial que o contato com a sua produção traz ao interlocutor. Depois, vem muito mais! Zezão, sabiamente, registrou seu processo em vídeos e fotografias, de modo que nós, seres que caminham pela superfície da cidade, possamos ter contato com o que se passa no mundo subterrâneo, para além das estações do metrô. O impacto da sua escolha e dos questionamentos que elas nos causam é surpreendente. A opção pelo azul, diz ele, é simbólica, representa a vida que insiste em se fazer presente nas galerias subterrâneas e em lugares totalmente escuros ou abandonados, que são os que ele escolheu para expor seus grafites....

por onde andas?

https://spcity.com.br/pisada-paulista-voce-sabe-como-surgiu-o-famoso-simbolo-das-calcadas-da-cidade/ A famosa calçada, em que o mapa do Estado de São Paulo é representado por contornos geométricos, foi obra da arquiteta Mirthes Bernardes - na imagem acima - que, em 1965, quando trabalhava na Secretaria de Obras do Estado, ganhou o concurso que escolheria qual seria o padrão das calçadas paulistanas. De lá para cá, muito chão se passou e, com o desgaste promovido pelos usos e pelo passar do tempo, seu estado de conservação foi se deteriorando. Da calçada icônica àquelas triviais, onde circulam apressados pés e mais pés, os problemas de manutenção variam desde o material utilizado nos necessários "restauros", até aqueles que ficam insolúveis por muitos anos, como o desnível do piso, a presença de buracos, e falta de a cesso a cadeirantes, para citar alguns exemplos. É preciso lembrar que as calçadas, antes de terem uma função estética, são condição básica...