Pular para o conteúdo principal

por onde andas?







https://spcity.com.br/pisada-paulista-voce-sabe-como-surgiu-o-famoso-simbolo-das-calcadas-da-cidade/



A famosa calçada, em que o mapa do Estado de São Paulo é representado por contornos geométricos, foi obra da arquiteta Mirthes Bernardes - na imagem acima - que, em 1965, quando trabalhava na Secretaria de Obras do Estado, ganhou o concurso que escolheria qual seria o padrão das calçadas paulistanas.
De lá para cá, muito chão se passou e, com o desgaste promovido pelos usos e pelo passar do tempo, seu estado de conservação foi se deteriorando.
Da calçada icônica àquelas triviais, onde circulam apressados pés e mais pés, os problemas de manutenção variam desde o material utilizado nos necessários "restauros", até aqueles que ficam insolúveis por muitos anos, como o desnível do piso, a presença de buracos, e falta de acesso a cadeirantes, para citar alguns exemplos.
É preciso lembrar que as calçadas, antes de terem uma função estética, são condição básica para que todos nós exerçamos livremente o direito de ir e vir.
As imagens abaixo, captam boa parte do que acontece com as calçadas da cidade. Os problemas vão desde a substituição do desenho original por remendos de concreto, até aqueles em que nada foi feito quando o piso original se deteriorou.




https://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/henrique-de-carvalho/ano-novo-cidade-nova-___-03-calcadas-melhores/



https://www.guiadasemana.com.br/turismo/noticia/pedestres-de-sampa-uni-vos





Neste último caso, ainda, a calçada é tão estreita que não permite o deslocamento tranquilo e seguro dos caminhantes. 



http://agencia.sorocaba.sp.gov.br/municipes-ja-podem-colaborar-com-a-pesquisa-de-acessibilidade-em-calcadas-do-centro-de-sorocaba/



Há, no entanto, cada vez mais pessoas com vontade de chamar a atenção para os problemas da cidade de um modo divertido e eficaz. É o caso do projeto Curativos Urbanos, idealizado por um grupo de jovens arquitetos e publicitários que "denuncia" o estado das calçadas ao mesmo tempo em que incentiva o olhar dos passantes para o problema, buscando uma solução que seja coletiva. 
Esse grupo remenda as calçadas usando chamativos band-aids coloridos!!! Não há quem não repare.

https://arquitetesuasideias.com.br/2012/09/10/intervencoes-urbanas-02/


E você, já reparou no estado das calçadas de sua rua ou do trajeto de costumar percorrer? Imaginaria promover algum tipo de intervenção urbana que chame a atenção para os problemas de maneira inovadora e criativa? Compartilhe com a gente!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Por baixo do Minhocão

https://www.jornalestacao.com.br/portal/2017/11/09/prefeitura-de-sao-paulo-cobre-grafites-de-pilares-do-minhocao/ Na parte de cima, a conquista foi grande. O Minhocão, nascido Elevado Presidente João Goulart, em 1970, foi projetado pelo então prefeito José Vicente Faria Lima, e construído por Paulo Maluf para atender o grande fluxo de veículos da cidade, enquanto as marginais não estavam finalizadas. Passou-se o tempo, as marginais ficaram prontas e o Minhocão continuou lá, mesmo com toda a polêmica que cercava sua construção, desde o início. Atendendo a uma antiga reivindicação dos moradores da região, passou  fechar para os veículos todas as noites a partir das 20:00, dando espaço para as pessoas. É então que o Minhocão torna-se livre para outros usos: caminhada, corrida, pedalada, skate, ou simplesmente, um lugar para conviver na cidade.  Aos finais de semana, isso se repete e as ruas ganham o colorido e a vitalidade que só seus ocupantes podem lhes dar.  ...

Caminhando e escutando: audioguia do Bom Retiro

Há muitas maneiras de se conhecer um bairro. Mas uma forma deliciosamente inusitada é usando um audioguia, você já experimentou? Com um fone de ouvido e um celular, caminhamos pelas ruas enquanto ouvimos as histórias gravadas sobre o bairro, na voz de seus moradores! Aonde? Lá, no  Bom Retiro!   O trajeto de 55 minutos começa e termina na Casa do Povo.  Percorre esquinas, ruas, comércios tradicionais, sinagogas e construções significativas para a história do bairro.  O audioguia faz uso de recursos interessantes para compormos as cenas descritas em nossas mentes, como os ruídos da cidade e  as vozes de personagens reais, moradores do bairro, que nos apresentam suas próprias perspectivas.   Temos assim uma vivência bastante sensorial, onde se sobrepõem os tempos passados à experiência do presente, além de distintos pontos de vista sobre o bairro!  Para baixar este material, acesse casadopovo.org.br/audioguia A casa do Povo fica na Rua Três...

Todo domingo havia banda...

A famosa canção que fala do coreto no jardim, retrata uma construção muito comum e ainda presente nas pequenas cidades. Falamos dos coretos! Você já viu algum?  Eles eram normalmente construídos em praças e próximos à igrejas, tornando os lugares atrativos para o convívio dos moradores. Ouvir a banda tocar, sentado no banco da praça, as crianças brincando distraídas, os adultos jogando conversa fora ou se entretendo em algum jogo de tabuleiro. Cena rara hoje em dia, mas que exemplifica muito bem a função e o charme dos coretos e o gosto de nostalgia a que essa construção nos remete. Assim como acontecia com os pelourinhos, os coretos também eram usados para eventos políticos ou culturais, por serem uma construção localizada em um plano mais elevado e, sempre, numa praça pública. O Coreto no centrinho de Santana do Parnaíba, em SP | Sérgio Luiz Jorge A imagem acima retrata o Coreto Maestro Bilo, construído em 1892 e localizado na praça 14 de novembro, ao la...